IV Prêmio Educação em Direitos Humanos ‘Oscar Arnulfo Romero’ apresenta vencedores da etapa internacional

Projetos do Chile, Espanha, República Dominicana e Bolívia são os vencedores da etapa internacional do prêmio e foram anunciados no IV Seminário Ibero-Americano de Educação em Direitos Humanos, no Chile.

Na última semana, a Fundação SM e a Organização dos Estados Ibero-Americanos para a Educação, Ciência e Cultura (OEI) anunciaram os quatro projetos vencedores da fase internacional da 4ª edição do Prêmio Educação em Direitos Humanos ‘Óscar Arnulfo Romero’. A cerimônia de premiação ocorreu durante o IV Seminário Ibero-Americano de Educação em Direitos Humanos, em Santiago, no Chile, e contou com a participação das 32 iniciativas finalistas dos países ibero-americanos em suas fases nacionais. Cada vencedor recebeu um prêmio no valor de 5 mil dólares.

Na Categoria A “educação formal”, dirigida para escolas, os vencedores foram os projetos “Educação Intercultural Bilíngue para alunos surdos com altos níveis de vulnerabilidade”, da escola Dr. Jorge Otte Gabler, no Chile, e “Deixe-me contar. A fábrica de direitos” da escola Melquiades Hidalgo, na Espanha.

Na categoria B “educação não formal”, que inclui ONGs e organizações civis, os vencedores foram a Fundación Solencasa Yanapasayku, da Bolívia, com uma iniciativa terapêutica para crianças com deficiência intelectual, e o projeto “Luceros: garantia de identidade, documentação e direitos humanos”, desenvolvido pelo Projeto de Educação e Mentoria (DREAM), da República Dominicana.

A menção honrosa foi para a iniciativa “Somos todos migrantes, somos todos humanos” do Instituto Polivalente Roberto Micheletti Baín, de Honduras.

“Estamos preocupados com a promoção e a defesa dos direitos humanos, mas não teoricamente, pois ela não se resume à leitura da carta dos direitos humanos. Isso se dá por meio do trabalho nas escolas e na sociedade civil, que é onde o trabalho realmente acontece. Este prêmio é um exemplo disso, que convoca todos os países da região, que aceitam participar e apresentam projetos magníficos”, declarou Mariano Jabonero, secretário geral da OEI.

Para Mayte Ortiz, diretora da Fundação SM, é uma honra apoiar e divulgar projetos que promovem a educação em direitos humanos. “Nosso objetivo conjunto é continuar lutando pelas vulnerabilidades que existem nas comunidades sociais e educacionais, a fim de potencializar e transformar os espaços que existem hoje”, afirmou ela.

A senadora chilena pela região do Atacama, Yasna Provoste, destacou a importância de ter uma educação que “proponha o desenvolvimento em direitos humanos por meio do diálogo, promovendo a empatia, facilitando o colocar-se no lugar do outro”.

Por fim, o Ministro da Educação do Chile, Marco Antonio Ávila, destacou a oportunidade histórica para o país ao sediar a IV Edição do prêmio Ibero-Americano. “O Chile, como muitos países latino-americanos, teve rupturas em seus sistemas democráticos e nos direitos humanos. É por isso que um evento como esse nos permite repensar com base na memória e nos ajuda a construir o que queremos no futuro. É importante que escolas, centros educacionais e organizações da sociedade civil continuem participando de iniciativas como essa, para que a educação em direitos humanos continue sendo promovida”.

O Prêmio Ibero-Americano de Educação em Direitos Humanos ‘Óscar Arnulfo Romero’ é concedido a cada dois anos em homenagem a Santo Óscar Romero, padre salvadorenho, assassinado em 24 de março de 1980 enquanto ministrava uma missa. Ele foi canonizado pela Igreja Católica em 2018 e é lembrado em toda a região como um acérrimo defensor dos direitos humanos.

O prêmio, em suas edições anteriores, teve projetos vencedores do Brasil, Colômbia, Peru, El Salvador, México, Guatemala e Porto Rico, e recebeu até hoje mais de 1.500 inscrições de todos os países do território ibero-americano.

Etapa nacional

No Brasil, a etapa nacional do IV Prêmio Ibero-americano de Direitos Humanos no Brasil Oscar Arnulfo Romero recebeu 71 inscrições, no período entre março e outubro de 2021, e foram selecionadas duas iniciativas para concorrer ao prêmio de 5 mil dólares na etapa internacional.

Na Categoria A, a vencedora foi a Escola Municipal de Ensino Fundamental Duque de Caxias, de São Paulo, com o projeto “Aula Pública e os novos desafios com a pandemia da Covid-19”. Enquanto o Projeto UniFavela – semeando o ensino popular, da Associação Social UniFavela do Rio de Janeiro, foi o vencedor na Categoria B.

Para conhecer as iniciativas finalistas de todos os países participantes, acesse: https://oei.int/oficinas/secretaria-general/premio-derechos-humanos/ganadores-nacionales. Em espanhol.